O seio maxilar é a maior das cavidades paranasais. Pode variar em relação à forma e tamanho, em indivíduos diferentes, assim como, entre os lados direito e esquerdo, em um mesmo indivíduo. Como variações em relação à forma, encontramos as extensões maxilares para o rebordo alveolar, região anterior, tuberosidade da maxila, palato, osso zigomático e região orbitária. As três primeiras são visualizadas nas radiografias periapicais
É importante que o cirurgião-dentista tenha o conhecimento das alterações anatômicas do seio maxilar para um correto diagnóstico, planejamento e execução dos procedimentos odontológicos. Esse deve atentar para alguns fatores importantes:
– não confundi-las com alterações patológicas, como, por exemplo, cistos periapicais;
– em casos de cirurgias para implantes, observar a distância entre o assoalho do seio maxilar e o limite do rebordo alveolar;
– nos casos de necessidade de tratamento endodôntico de dentes próximos a regiões em que existe extensão do seio maxilar, observar o comprimento adequado dos instrumentos a serem utilizados;
– acidentes com perfuração do seio maxilar após exodontia de pré-molares e molares superiores podem desencadear uma sinusite.
Quando o assoalho do seio maxilar estiver muito próximo aos ápices radiculares as intervenções cirúrgicas devem ser feitas com cautela para que sejam evitadas as comunicações buco-sinusais e a introdução de fragmentos de raiz no interior do seio. A sinusite maxilar aguda ou crônica, por exemplo, pode ocorrer devido à extensão direta da infecção dentária e depende muito da relação de proximidade dos dentes com o seio maxilar. Ainda, a sinusite crônica latente pode ser ativada pela exodontia de pré-molares ou molares superiores.
Nas imagens a seguir (imagens 1 e 2) são indicadas pelas setas azuis a extensão alveolar ou pneumatização dos seios para região de rebordo e para tuberosidade da maxila.
Imagem 1 – Extensões alveolares do lado esquerdo da maxila
Imagem 2 – Extensões alveolares do lado direito da maxila
O conhecimento de variações anatômicas, frequência e fatores predisponentes ao seu aparecimento poderá orientar o cirurgião-dentista no planejamento e execução de tratamentos dentários e cirúrgicos.
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Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim
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