TCFC uma ferramenta de auxílio no diagnóstico e planejamento de terceiros molares

 

O planejamento de exodontia de terceiros molares inferiores inclusos é desafiador. Além da correta observância e aplicação clínica de todas as etapas técnico-científicas comuns aos demais procedimentos cirúrgicos, os cirurgiões devem estar atentos aos possíveis riscos de injúria ao nervo alveolar inferior.

É comum a utilização de radiografias panorâmicas para o diagnóstico e planejamento cirúrgico de casos de exodontia de terceiros molares, principalmente dos inferiores, pois a técnica periapical nem sempre pode ser empregada nesta região. Além do desconforto durante a técnica, a localização dos dentes inclusos também pode dificultar ou até mesmo inviabilizar a técnica periapical, sendo a panorâmica o exame de escolha. Por ser um exame bidimensional, que não apresenta a informação de profundidade, permite a sobreposição das estruturas na imagem final o que gera dúvida da relação dos terceiros molares com o canal mandibular e estrutura óssea adjacente.

Assim, a postagem de hoje é para reforçar a importância de tomografia cone beam no planejamento de cirurgia complexa de terceiros molares, pois, permitir uma avaliação tridimensional (3D), sem sobreposição de estruturas anatômicas, a TCFC permite observar a real relação do terceiro molar com as estruturas adjacentes e, consequentemente, com o canal da mandíbula/nervo alveolar inferior.

A seguir temos uma imagem segmentar de uma radiografia panorâmica que se pode visualizar a impactação vertical do dente 47 e impactação horizontal do dente 48. Nota-se que o dente 47 há íntimo contato com o canal mandibular. Assim, com este achado radiográfico orienta-se a realização de TCFC para verificar em um âmbito tridimensional a relação dos dentes 47 e 48 com o canal mandibular e o tecido ósseo adjacente.

                                        

Imagem 1 – Imagem segmentar de uma radiografia panorâmica do lado direito da mandíbula.

Vale ressaltar a importância para o diagnóstico das condições apresentadas, a TCFC não deve ser indicada indiscriminadamente em todos os casos. Cabe ao cirurgião eleger os casos em que a TCFC irá contribuir com a decisão da abordagem cirúrgica e também que fornecerá informações que impactem no tratamento, além das informações já obtidas com a radiografia panorâmica. Ou seja, casos com maior complexidade e nos quais há a suspeita de relação de proximidade do dente com o nervo alveolar inferior, a TCFC está indicada.

 

 

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Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim

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