Cirurgia Guiada

A cirurgia guiada é um método minimamente invasivo de implantes dentários que pode ser indicado pelos implantodontistas tanto para os pacientes desdentados parciais quanto para os totais.

Apesar de já existir há mais de três décadas, a cirurgia guiada foi aperfeiçoada com o uso da tomografia tridimensional e impressão em prototipagem do osso remanescente. Hoje, não é considerada só uma inovação, mas uma revolução na Odontologia.

Essa técnica não necessita de incisões (cortes), descolamentos de fibromucosa e nem suturas, já que as perfurações são feitas apenas com a broca. Sendo assim, há uma redução do sangramento e no uso de medicamentos no pós-operatório.

Como o guia cirúrgico é posicionado diretamente na mucosa, somente o tecido por onde passam os implantes é removido.

É importante ressaltar que a cirurgia guiada conta com alto nível de previsibilidade, uma vez que todo o planejamento é feito com base em exames minuciosos, como imagens radiológicas (2D ou 3D), modelos de estudo, guias cirúrgicos e exame físico.

A tecnologia da cirurgia guiada consiste em realização a tomografia computadorizada e planejamento cirúrgico.

Hoje, nesta postagem iremos exemplificar em um caso de paciente desdentado total na mandíbula. Inicialmente, realiza a tomografia computadorizada, já que apresenta papel fundamental na construção de biomodelos, protótipos e guias cirúrgicos. Ou seja, é ela que oferece a base para a simulação da cirurgia guiada. Há duas tomadas tomográficas: uma do paciente e outra da prótese, que conterá marcações. E através do software, é possível sobrepor às duas imagens e obter informações essenciais para a cirurgia, como espessura de gengiva, anatomia do osso, posição dos dentes e outros detalhes anatômicos importantes (Imagens 1, 2 e 3)

 

                   

Imagens 1 (superior) e 2 (inferior) – Reconstrução panorâmica em MIP e Reconstrução 3D corte coronal indicando as marcações, geralmente em guta-percha, na prótese.

 

                       

Imagem 3 – Reconstrução 3D, corte axial indicando as seis marcações

Uma vez definida a necessidade de implante e realizada a tomografia computadorizada, é chegada a hora de o profissional planejar todo o procedimento em um modelo virtual 3D.

O planejamento é feito com base em todas as imagens obtidas da arcada do paciente na TC. Elas são enviadas para um software, que indica onde cada implante deve ser colocado. Isso permite que o profissional visualize, ao mesmo tempo, três planos espaciais das estruturas ósseas e dentais que serão reabilitados.

Por meio desse mesmo software, o especialista começa a realizar o procedimento virtualmente a fim de decidir qual o local de inserção e qual o grau de inclinação de cada implante.

Após essa simulação, o guia cirúrgico é confeccionado de acordo com a simulação feita pelo computador.  É válido ressaltar que essa “pré-cirurgia” diminui o tempo de operação em até 50%.

É no próprio guia que o profissional vai fixar os análogos dos implantes para confecção do modelo de trabalho no qual será realizada a prótese temporária ou permanente. Durante a cirurgia, esses cilindros também servirão de suporte para os guias de brocas que orientam a correta posição e inclinação nas perfurações.

Como o diâmetro dos guias é o mesmo das brocas, a cirurgia guiada é extremamente precisa.

Agora ficou mais fácil de entender por que na cirurgia guiada não há remoção ou incisões na fibromucosa. Na gengiva, são feitos pequenos furos com uma broca e inseridos pinos de titânio, que são base dos implantes.

Assim, com a utilização dessa técnica a cirurgia torna-se menos invasiva e, consequentemente, causa menos sangramento, dores e desconfortos, além de ter um tempo de recuperação menor.


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