Dentes retidos são aqueles que não conseguem chegar à sua posição normal na arcada no tempo ideal, ou seja, na cronologia normal; são também chamados de dentes não irrompidos, impactados ou incluso.
A exodontia de terceiros molares inferiores é o procedimento mais comum na prática da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. O estudo do posicionamento, da presença ou ausência de terceiros molares mandibulares, como também a sua relação com o canal mandibular e consequentemente com o Nervo Alveolar Inferior (NAI), é de fundamental importância para um correto e cauteloso planejamento cirúrgico, que influencia diretamente na prevenção de complicações sensoriais pós-operatórias. Entre os ápices do terceiro molar inferior e o canal mandibular pode se estabelecer diversos tipos de relações que devem ser observadas previamente ao ato cirúrgico, por meio de diagnóstico por imagem, em que essas estruturas podem estar muito próximas ou até em íntimo contato.
As técnicas de imagem para a visualização da relação entre o canal mandibular e os terceiros molares inferiores, guiam o cirurgião para um correto planejamento cirúrgico. A técnica da tomografia computadorizada é o melhor e mais exato método para identificação anatômica do canal mandibular, que nos permite avaliar a sua verdadeira relação com os terceiros molares inferiores, porém a ortopantomografia, também chamada de radiografia panorâmica, é o exame imaginológico mais utilizado para verificar a forma, o trajeto do canal mandibular, a posição do dente, e o possível contato entre ambos.
No caso desta semana é sobre a relevância doa tomografia cone beam para visualização e planejamento cirúrgico do terceiro molar. Foi solicitado a tomografia para o estudo do dente 38, que se apresentou com impactação horizontal e com íntimo contato do canal mandibular. O canal tem com trajetória entre as raízes do terceiro molar ( Imagem 1).
Abaixo segue esquema das possíveis posições dos terceiros molares inferiores em relação ao ramo ascendente da mandíbula e o plano oclusal (Imagem 2):
Assim, possíveis variações desses dentes, em relação ao seu posicionamento e ao contato com o NAI, devem ser consideradas e bem analisadas pelo Cirurgião-Dentista, visto que um correto e cauteloso planejamento cirúrgico influencia diretamente na prevenção de complicações sensoriais pós-operatórias.
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