O defeito ósseo de desenvolvimento da mandíbula (DODM) é considerado uma variação anatômica; Foi no ano de 1942, que Edward Stafne relatou lesões que acometiam regiões localizadas próximas do ângulo da mandíbula. Esse defeito ósseo apresenta-se como uma região radiolúcida, assintomática, com aspecto arredondado, bordas radiopacas com diâmetro de variando de 1 a 3 mm, localizada na região posterior da mandíbula, na região de molares e ângulo da mandíbula abaixo do canal mandibular e próximo a base da mandíbula. É de fácil visualização essas alterações em radiografias panorâmicas, porém, não é possível realizar o diagnóstico só por esse meio de exame complementar. Esse tipo de anomalia apresenta maior incidência em homens.
É mais comum o aparecimento desse defeito ósseo em regiões posteriores de mandíbula unilaterais – já foram relatados achados bilaterais – mas existem casos relatados que foram encontrados na região anterior de mandíbula. Atualmente, acredita-se que esse defeito ósseo é uma alteração de desenvolvimento e que não esta ligada a formação fetal. Segundo alguns autores, descrevem que essa lesão é decorrente de um processo osteoclástico, que age de forma lenta e gradativa, ocasionada pela glândula submandibular que exerce uma pressão na superfície óssea causando essa deformidade. Ou somente uma variação anatômica.
Freitas (2004) classifica o DODM como uma “entidade radiográfica não patológica”; trata-se de uma imagem radiolúcida, circunscrita, de limites definidos e corticalizados. Em radiografias panorâmicas, localiza-se entre o assoalho do canal da mandíbula e a cortical da base da mandíbula.
Na imagem a seguir observa-se uma imagem na região de ângulo direito da mandíbula, entre a cortical inferior do canal mandibular e a base da mandíbula (Imagem 1).
Por meio de tomografias computadorizadas, alguns autores enumeram subtipos de DODM de acordo com seu envolvimento/profundidade com o osso cortical e com a medula óssea:
Por se apresentar uma lesão assintomática, não é necessário tratamento imediato, porém, deve ser realizado acompanhamento radiográfico.
Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim
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