Alteração no seio maxilar: Fenômeno de retenção de muco e espessamento mucoso

            O fenômeno de retenção de muco ou cisto de retenção mucoso tem etiologia provavelmente relacionada à obstrução dos ductos secretores das células caliciformes (células produtoras de muco) presentes nas paredes dos seios paranasais. Trata-se de um achado radiográfico: a grande maioria destes casos é assintomática; seu aspecto radiográfico é de imagem arredondada/ovalada e não corticalizada. Quando há dor, os sinais clínicos são semelhantes à de sinusite. Alguns autores relatam que o fenômeno de retenção de muco pode permanecer estacionário no seu tamanho; sua regressão geralmente é de forma espontânea.

         Nas imagens a seguir são referentes a uma radiografia panorâmica, solicitada para avaliação inicial para tratamento odontológico. Foi verificada presença de uma imagem radiopaca, ovalada, não circunscrita e não corticalizada nos seios maxilares (Imagens 1 e 2).

 

 

Imagem 1 – Região do seio maxila direito

Imagem 2 – Região do seio maxilar esquerdo

 Imagem 3 – seio maxilar direito

 Imagem 4 – seio maxilar esquerdo

 

            Nas imagens 3 e 4 observa-se espessamento mucoso. Há espessamento da mucosa sinusal quando a membrana apresenta de 2 a 6 mm de espessura. Os fatores etiológicos estão relacionados com algum tipo de irritação, tal como alergia.  O espessamento mucoso leve do seio maxilar é um achado normal em pacientes assintomáticos, mas, o espessamento mucoso sinusal maior do que 2 mm pode estar relacionado com sinusite do seio maxilar. 

            Ambas as retenções são desordens que podem ocorrer nos seios maxilares podem ser classificadas de acordo com sua natureza inflamatória. Embora geralmente estejam presentes em pacientes assintomáticos, é importante reportá-los em laudos de imagens.

            Realizo uma ressalva para desenvolver a hipótese de diagnóstico de sinusite aguda é que esta apresenta um espessamento mucoso com presença de bolhas no permeio deste espessamento.


Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim

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