O septo nasal contém uma porção óssea e outra cartilaginosa e seu revestimento é feito por mucosa respiratória e mucosa especial olfatória.
A porção óssea é formada posteriormente pelo osso vômer e pela lâmina perpendicular do osso etmoide. O osso vômer está disposto como um triângulo de base posterior. A lâmina perpendicular do osso etmoide, que completa a parte óssea do septo nasal, é um processo ósseo vertical que se projeta da base da lâmina crivosa do etmoide e está em contato inferiormente com o osso vômer. Já a porção cartilaginosa do septo nasal é composta exclusivamente pela cartilagem quadrilátera do septo. Essa cartilagem une-se posteriormente aos ossos do septo nasal, ânteroinferiormente aos ossos maxilares, superiormente aos ossos nasais e em sua porção anterior com as cartilagens nasais laterais e cartilagens alares (Imagem 1).
A maioria dos desvios de septo é resultado de desenvolvimento anômalo e crescimento assimétrico do esqueleto facial, embora o septo nasal também possa se desviar devido a ocorrência de algum trauma. Pode haver desvios do septo ósseo, cartilaginoso ou uma combinação de ambos. Desvios do septo nasal sempre permitem hipertrofia compensatória da concha inferior contralateral, e às vezes da concha média.
O septo nasal pode se desviar de quatro formas mais comuns: desvio simples – desvio do septo para um lado sem menção de luxação da articulação condrovomeriana e sem formação de crista ou esporão, – desvio em crista – decorre da luxação da articulação condrovomeriana formando um ângulo diedro que pode ter início na espinha nasal e alongar-se até as áreas posteriores do septo, – esporão – projeção osteocartilaginosa pontiaguda formada na convergência da cartilagem septal, na parte posterior do septo –, e desvio misto – apresenta crista, desvio e até mesmo esporão conjuntamente. É o tipo de lesão septal mais comum.
Atualmente, a radiografia panorâmica é o exame complementar mais solicitado pelo cirurgião dentista previamente ao tratamento odontológico, pois permite a visualização de todos os dentes, processos alveolares, maxila, mandíbula, articulação têmporo-mandibular, seios maxilares, septo nasal, cornetos nasais, além de outros ossos da face.
A imagem por tomografia computadorizada é outro recurso tecnológico de grande contribuição para avaliação das estruturas ósseas dento-maxilo-faciais por ser um exame rápido, preciso e não invasivo. Na odontologia e medicina para avaliação das regiões de cabeça e pescoço ultimamente vem sendo usada a tomografia computadorizada por feixe cônico.
O caso a seguir retrata as diferenças da radiografia panorâmica com a tomografia cone beam para o diagnóstico do septo nasal e conchas nasais pelo otorrinolaringologista.
O exame radiográfico, convencional e digital, apresenta uma imagem bidimensional de estruturas tridimensionais, resultando em sobreposição de imagens e distorções de projeção das estruturas anatômicas (imagem 2).
Já a imagem tomográfica não apresenta sobreposição ou distorção das estruturas anatômicas visto que permite reconstruções multiplanares e mensurações lineares e volumétricas. Por isso, a tomografia computadorizada é considerada “padrão ouro” em exame complementar de imagem para avaliação das estruturas da cavidade nasal e seios paranasais (Imagem 3).
Com o auxílio do programa Evol DX, utilizando a Reconstrução 3D Realistic para seios maxilares (imagem 4) são obtidas as seguintes imagens para um diagnóstico mais fidedigno do otorrinolaringologista.
Imagem 4 – Reconstrução 3 D Realistic – EVOL DX
Portanto, a tomografia computadorizada é considerada padrão ouro para detecção de desvios septais, já que ela reproduz as estruturas anatômicas fidedignamente sem distorções ou sobreposições de imagem.
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