A transformação da tecnologia e a integração de soluções digitais estão transformando todas as áreas da saúde em ritmo acelerado. Diagnósticos tradicionalmente feitos com imagens em 2D rapidamente avançam na direção da tecnologia 3D, que neste contexto, abrange as técnicas de moldagem (convencional ou escaneamento), que são cotidianamente realizadas por cirurgiões-dentistas e radiologistas.

Os avanços tecnológicos associados à aquisição de imagem por tomografia de feixe cone (CBCT) têm melhorado consideravelmente a eficiência, acuidade e previsibilidade dos resultados dos tratamentos odontológicos. Ocorre agora a migração do nível experimental para o nível comercial com a incorporação de novos protocolos em clínicas especializadas de radiologia e em clínicas privadas, após a sua criação a partir de uma tese intitulada “Empreinte Optique” (Impressão Ótica) e apresentados na Université Claude Bernard, Faculté d’Odontologie, in Lyon, France in 1973 pelo Dr. Francois Duret. Esse pesquisador desenvolveu e patenteou um aparelho de CAD/CAM em 1984, chamado CEREC (Siemens, Munich, Germany, 1984) e apresentou no Congresso de Inverno de Chicago em 1989.

            Vários protocolos de gerenciamento de consultórios, documentação e fotografias digitais e anotações sobre o andamento de casos são demonstrados usando modelos digitais 3D. Quando as imagens digitais são escaneadas e processadas, elas podem ser utilizadas integralmente ou parcialmente. As especialidades que mais têm se beneficiado dessa tecnologia são a Ortodontia, a Prótese, a Implantologia e a Cirurgia Ortognática.

         O escaneamento intraoral apresenta muitas vantagens quando comparado ao método tradicional:

  • É um procedimento mais fácil e confortável para o paciente, pois não utiliza massas de moldagem na boca;
  • Os modelos digitais são mais precisos, pois não apresentam as possíveis distorções ocasionadas pelo alginato e pelo gesso;
  • É mais rápido, em poucos minutos está pronto;
  • Diminui o tempo de cadeira;
  • Melhora o diagnóstico e a comunicação com os pacientes;
  • Não necessita de grande espaço físico para o armazenamento dos moldes;
  • Capta a oclusão com precisão;
  • Facilita o fluxo de trabalho com laboratórios, protéticos e outros profissionais por ser digital.

            Após o escaneamento, softwares permitem a visualização do molde por todos os ângulos, trazendo praticidade e segurança aos diagnósticos. É possível mostrar para os pacientes o resultado final do tratamento escolhido antes mesmo do seu início. Isso representa para os profissionais aliar a inovação tecnológica ao seu conhecimento técnico.


Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim

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