RELEVANCIA DA TOMOGRAFIA CONE BEAM PARA O DIAGNÓSTICO DE TERCEIROS MOLARES

 

Com o avanço da tecnologia, a tomografia cone beam (TCFC) permitiu uma perspectiva favorável para o diagnóstico e planejamento cirúrgico em casos mais complexos, pois permite a visualização das estruturas dentárias e anatômicas circunjacentes em caráter tridimensional, que permite maior previsibilidade e precisão nos procedimentos.

No caso a seguir, o exame TCFC foi norteador para a análise do dente 38 semi-incluso, impactado horizontalmente, justaposição ao canal mandibular e trajeto do canal mandibular para face lingual do rebordo alveolar. Observa-se uma imagem adicional de caráter considerável – visualização do aumento do folículo coronário que apresenta contato com o canal mandibular -, no qual a hipótese de diagnóstico é de Cisto dentígero.

Ressalta-se, para diagnóstico final, ser necessário associar a imagem com análise histopatológico complementar.

 

 Cisto dentígero: É o tipo de cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum. Definido como um cisto que se origina pela separação do folículo coronário que fica ao redor da coroa de um dente incluso e se conecta ao dente pela junção amelocementária.
Em geral são assintomáticos e descobertos somente em exames radiográficos, porém, cistos podem se tornar infectados e associados à dor e edema. Radiograficamente, o cisto dentígero mostra tipicamente uma área radiolúcida/ hipodensa que está associada à coroa de um dente incluso. A lesão apresenta uma margem bem definida e frequentemente esclerótica. Há variações da relação entre cisto/ coroas: central, lateral e circunferencial, sendo a central mais comum. Alguns investigadores acreditam que o espaço radiolúcido; hipodenso que envolve a coroa do dente deve ser aproximadamente 3 ao 4 mm de diâmetro. Contudo, achados radiográficos não são diagnósticos definitivos para cisto dentígero, pois, ceratocistos odontogênicos, ameloblastomas uniloculares e outros tumores odontogênicos e não odontogênicos podem apresentar características radiográficas que são essencialmente idênticas àquelas do cisto dentígero.
Assim, a Tomografia Computadorizada Cone beam é um primordial instrumento na visualização completa e precisa das estruturas anatômicas para um planejamento cirúrgico de sucesso.
 
Dose de Sabedoria por: Dra Ana Luiza Riul, Dr. Luis Fernando Jardim e Dra. Patrícia Jardim
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